quinta-feira, 14 de maio de 2009

Diferentes sim, Indiferentes nunca...

Somos alunos do 12ºano do Externato de Vila Meã, no curso de Ciências Sociais e Humanas. Através da área curricular não disciplinar de Área de Projecto, estamos encarregues de um trabalho sobre a deficiência visual.
O principal objectivo do nosso projecto é dar a conhecer às pessoas mais informação acerca das variadas vertentes da deficiência, de como é a vida de quem é condicionado por elas, do que podemos fazer para as integrar na nossa sociedade e, principalmente, da maneira como nos adaptamos a eles.
Para isso, pesquisamos em sites da Internet, livros enciclopédicos, etc., para formar conteúdo para este blog. Esperamos que apreciem o nosso trabalho e acompanhem as nossas actualizações.
Como meio de introdução ao tema, iremos abordar os casos mais simples de insuficiência visual. Tendo em conta que simplificaremos alguns termos técnicos que poderão, eventualmente, confundir o leitor, este blog encontra-se acessível a todas as pessoas, tornando-se um meio fácil e eficaz para o conhecimento e o esclarecimento de possíveis dúvidas, ou até desconhecimento, em relação a alguma doença ligada à deficiência visual.

Deficiência visual

“Deficiência visual” trata-se da diminuição da resposta visual de forma irreversível, ou seja, sem cura, que resulta de causas congénitas ou hereditárias, mesmo com o uso de óculos convencionais ou após tratamento clínico. A deficiência classifica-se consoante a sua intensidade, podendo ser leve, moderada, severa, profunda e ausência total da visão. Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde – um indivíduo com baixa visão ou visão subnormal é aquele que, mesmo com tratamentos, apresenta diminuição das suas respostas visuais; porém, dizem que este mesmo é capaz de usar a visão para planeamento ou execução de uma tarefa.
Ainda segunda a OMS, cerca de 1% da população mundial apresenta algum nível de deficiência visual. Podemos encontrar mais de 90% nos países em desenvolvimento; enquanto que nos países desenvolvidos verificam-se 5% de crianças com deficiência visual e 75% de idosos.
A visão tem um importante significado social, sendo fundamental para a relação entre as pessoas e para a actividade profissional. Sabe-se, hoje, que, mais importante do que a acuidade visual em si mesma, é o modo como cada pessoa utiliza a visão que possui (a visão funcional). A visão deve ser prevenida desde o nascimento e há meios susceptíveis de a melhorar.
Nos últimos anos, com o aumento da qualidade da informação, dos avanços tecnológicos e da ciência médica em matéria de diagnóstico e tratamento, tornou-se possível prevenir e tratar doenças oftalmológicas que há pouco tempo atrás eram consideradas incuráveis.
Doenças oftalmológicas são as doenças dos olhos e do sistema visual. Provocam a diminuição da acuidade visual e podem, eventualmente, levar à perda de visão.

Causas
Nos países em vias de desenvolvimento diz-se que os casos de deficiência visual existentes derivam de infecções, traumas ou podem também ser causados por outras doenças. Já nos países desenvolvidos, verificam-se geralmente as causas genéticas e degenerativas. As causas podem ser congénitas (adquiridas antes mesmo do nascimento ou nos primeiros meses de vida) ou adquiridas (não é decorrente de defeitos genéticos herdados dos pais, como o próprio nome indica, é obtida no exterior, seja qual for a causa).

Factores de risco
Os seguintes tópicos são considerados os principais factores de risco para a contracção de doenças oftalmológicas:
- Histórico familiar de deficiência visual – pode levar às chamadas doenças hereditárias, como o glaucoma.
- Histórico pessoal de diabetes, hipertensão arterial ou outras doenças sistemáticas que podem pôr em risco a visão, como a esclerose múltipla.
- Não realização de cuidados pré-natais e prematuridade.
- Não utilização de óculos de protecção durante a realização de certas tarefas como a utilização da solda eléctrica.
- Não imunização contra rubéola da população feminina em idade reprodutiva, podendo levar a uma maior hipótese do aparecimento de rubéola congénita (que a mãe transmite ao feto durante a gravidez) e consequente acometimento visual.
A identificação da existência de deficiência visual numa criança pode ser feita através da presença do desvio de um dos olhos, do não seguimento visual de objectos, do não reconhecimento visual de familiares, e até mesmo se a criança tiver um atraso de desenvolvimento seguido de um baixo aproveitamento escolar. Tudo isto são indícios da possibilidade da criança sofrer de algum tipo de deficiência visual.
Quanto aos adultos, a história é outra. A deficiência pode ser detectada se houver derrame (ou perda) súbito ou lento da visão. Qualquer um dos casos apresenta vermelhidão, mancha branca nos olhos, dor, olhos lacrimejantes, flashes constantes, retracção do campo de visão de tal maneira que pode levar a encontrões contra objectos e até pessoas.
Seja em crianças ou em adultos, caso esteja presente qualquer um destes sintomas, deve ser realizada uma avaliação oftalmológica para diagnosticar e, se possível, tratar o problema. Os diagnósticos e consequente tratamento variarão de caso para caso, por exemplo, os casos em que os exames oftalmológicos são avaliados em problemas de baixa visão, poderão ser indicados para o uso de auxílios ópticos especiais necessários, os chamados óculos.

A diminuição da acuidade visual é causada, fundamentalmente, por defeitos refractivos passíveis de correcção óptica, como é o caso da miopia, da hipermetropia, do astigmatismo, da presbiopia e da retinopatia diabética.